Left 4 Dead

Left 4 Dead vem em resposta à pergunta: “Como seria um título que tivesse a boa jogabilidade de jogos como Counter-Strike aliada a fatores dramáticos e envolventes do estilo de Silent Hill?”. Utilizando a eficiente engine de Counter-Strike: Source, o novo título de Zumbis da Vale promete trazer um estilo cooperativo quase sem precedentes hoje — nada de “cada um por si e Deus por todos” dessa vez.

Acima de tudo, um título cooperativo

Nenhuma dúvida foi deixada em relação a isso. A Valve foi bem clara: trabalhe em equipe ou desapareça no meio de um mar de zumbis sedentos de sangue. Isso ficou bastante claro no vídeo mostrado durante a E3 que trazia dois grupos distintos dando exemplos de como se deve e como não se deve fazer as coisas em Left 4 Dead.

Ambos os grupos são confrontados pela mesma situação: montes de zumbis que surgem em um posto de gasolina abandonado — não que exista algo que não tenha sido abandonado nos cenários do jogo. O primeiro grupo mostra um péssimo trabalho em equipe (atirando uns nos outros, por exemplo), tendo, portanto, pouquíssima munição e kits médicos, o que faz com que sejam quase que imediatamente dizimados pelo grupo de mortos-vivos.

Ajude a sua equipe. Fogo amigo não será tolerado.

Já o segundo grupo, muito mais estruturado, com muita munição e medicamentos, mostra-se totalmente pronto para encarar os comedores de cérebro assim que eles aparecem, dizimando a turba lúgubre com uma enxurrada de tiros.

E a Valve parece mesmo estar apostando todas as suas fichas no estilos social/dramático de Left 4 Dead, já que recentemente várias feiras especializadas em jogos eletrônicos através do globo trouxeram uma demonstração jogável do títulos para mostrar como as coisas realmente devem funcionar.

Basicamente, pode-se dizer que Left 4 Dead não traz um modo de campanha tradicional; o jogo é essencialmente cooperativo. Os jogadores apenas formam uma equipe, escolhem um cenário e trabalham em equipe para conseguir o melhor resultado possível. Entretanto — e isso é realmente ótimo —, todo o estilo da ação lembra muito jogos clássicos de survival horror, com o clima pesado e a sensação de se estar realmente indo para algum lugar.

Como um exemplo, pode-se citar um cenário que traz um hospital abandonado. A idéia é conseguir apenas chegar vivo até o telhado, onde um helicóptero espera. São depósitos de medicamentos, andares em construção até a chegada ao telhado, onde a ação assume um clima cinematográfico. Trata-se apenas de ficar vivo? Exatamente. E isso pode ser divertido? Sem sombra de dúvida.

IA diferenciada

Não importa quantas vezes se jogue Left 4 Dead, as coisas muito dificilmente se tornarão previsíveis. Mesmo uma única fase pode transcorrer de várias formas distintas. Isso acontece por que as enxurradas de zumbis que se encontra nas fases não são distribuídas nem de forma predeterminada e nem de forma randômica graças a uma IA (inteligência artificial) inovadora.

O jogo simplesmente decide em tempo real, baseado nas atitudes do grupo, como e quando os inimigos vão aparecer para fazer uma surpresa. Isso sem dúvida garante um clima de tensão muito maior, além de uma longevidade muito maior.

Cidadãos comuns e banais

Por falar em tensão, que tal encarar uma infinidade de zumbis cuspidores de “alguma-coisa” encarnando um padeiro ou um velho veterano de guerra? Pois é, trata-se de outra marca registrada de Left 4 Dead: nada de super heróis na equipe. São apenas sujeitos comuns que conseguiram estar no lugar errado e na hora errada, e isso não só deixa o clima do jogo muito mais pesado como ainda reforça a idéia de trabalho em equipe.


Entretanto, é claro que esses transeuntes não estão desarmados. O jogo traz um arsenal de armas clássicas como granadas, rifles e escopetas, que normalmente pode ser recarregado nas zonas de segurança do jogo. E para o caso de tudo o mais falhar, ainda resta o bom e velho empurrão, que deve garantir algum tempo para pelo menos recarregar a arma.

Multiplayer inovador. IA diferenciada. Aquele clima clássico, tenso e empolgante de survival horror. Uma ótima e inovadora mistura que deve chegar às prateleiras até 4 de novembro.